Ingestão de Óleos Essenciais: pode tomar óleo essencial?
A ingestão de óleos essenciais é um tema muito polêmico e debatido no meio da aromaterapia, tanto pelos profissionais, como pelas empresas e seus consumidores.
Os argumentos são diversos de todos os lados e, infelizmente, há muitas receitas e indicações incorretas circulando na internet. Porém, contra fatos não há argumentos: existem normas da ANVISA que devem ser seguidas, além de pesquisas científicas e casos que comprovam os perigos de tomar óleo essencial.
Pode tomar óleo essencial?
Não é seguro ingerir óleos essenciais sem a prescrição e acompanhamento de um aromaterapeuta certificado ou profissional da saúde.
Apenas profissionais capacitados podem indicar a ingestão de óleos essenciais, sempre com receita da quantidade exata da dose, além de sugerir opções de OEs de alta qualidade e acompanhar como o paciente tem reagido aos óleos essenciais que foram medicados.
O perigo de ingerir óleos essenciais
Óleos Essenciais são altamente concentrados. Um bom Óleo Essencial é puro, feito de um único ingrediente que é o óleo extraído e destilado a vapor de uma planta natural.
Ingerir óleos essenciais pode levar a casos de intoxicação. Uma única gota de Óleo Essencial equivale a cerca de 25 xícaras de chá da planta.
Para se ter uma ideia, a quantidade máxima de chá recomendada por dia são cerca de três xícaras, sem exagero, pois o excesso pode ser nocivo.
Por isso, muito cuidado com as receitas que são divulgadas na internet e com ingestão de óleos essenciais sem análise de caso e orientação profissional.
Cada caso é um caso e apenas profissionais capacitados têm a permissão de indicar a ingestão de OEs.
Nenhuma indústria cosmética pode indicar o uso interno de seus Óleos Essenciais, segundo a legislação da ANVISA.
Nos EUA, empresas de Óleos Essenciais são investigadas por supostamente colocarem a vida dos consumidores em risco ao indicar a ingestão de OEs
A regra de que empresas que comercializam óleos essenciais não podem indicar a ingestão também é válida nos Estados Unidos.
No episódio 01 “Óleos Essenciais” da série documental “Indústria da Cura” (em inglês, “[Un]Weel”) é possível assistir a casos graves de reação em pessoas que ingeriram OEs por indicação. A série está disponível na Netflix e mostra algumas empresas que estão sendo investigadas por supostamente indicarem a ingestão de OEs e ainda realizarem esquema de pirâmide na venda.
O documentário é uma excelente indicação para quem se interessa por aromaterapia, serve como alerta para um uso seguro de OEs e permite que os consumidores evitem marcas que podem ser irresponsáveis, pois embora sejam empresas com sede nos Estados Unidos, também comercializam em outros países como o Brasil.
Como usar óleos essenciais?
Os óleos essenciais podem ser usados de diferentes maneiras, como:
Em difusores elétricos de ambiente;
Difusores pessoais, como colares;
No travesseiro;
Na roupa;
No box do chuveiro durante o banho para que o vapor faça o óleo essencial exalar;
Diluído em cremes, óleos vegetais, máscara de argila, shampoos ou condicionadores, entre outros cosméticos neutros ou naturais.
Recomendações ao usar óleos essenciais
Não é recomendado aplicar óleo essencial diretamente na pele. Em alguns casos, é possível aplicar uma ou duas gotas de OEs na mão, friccioná-las e sentir o aroma, mas não deve expor a pele ao Sol após aplicar óleos essenciais, pois pode manchar ou queimar a pele.
A ingestão de óleo essencial não é recomendada, apenas se um profissional da saúde ou aromaterapeuta certificado prescrever e acompanhar o caso.
Para qualquer tipo de uso de óleo essencial, é recomendado sempre consultar um aromaterapeuta certificado ou profissional da saúde.
Como saber se um óleo essencial é bom?
Para identificar um óleo essencial de alta qualidade procure características como:
Composição de apenas um único ingrediente;
Certificação de órgão reconhecidos;
Prefira empresas transparentes e responsáveis.
Composição de apenas um único ingrediente:
O óleo essencial precisa ser puro, então o único componente deve ser o óleo extraído da planta.
Por exemplo, um óleo essencial de lavanda deve ter como ingrediente o óleo essencial da lavanda (Lavandula angustifolia Essential Oil).
Certificação de órgão reconhecidos
A certificação de órgãos reconhecidos não é obrigatória, mas quando há aponta que o produto é bom, pois significa que ele passou por uma série de pesquisas, avaliações e aprovações do órgão certificador, isso ajuda a garantir que o óleo essencial é seguro e de alta qualidade.
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Órgãos como o IBD, o maior certificador de ingredientes naturais da América Lativa, certificam que o ingrediente do produto é realmente natural. No caso de óleos essenciais que possuem o selo IBD são óleos puros gerados de uma matéria-prima de qualidade.
Prefira empresas transparentes e responsáveis
Sempre que possível, pesquise sobre a empresa que produz e comercializa os produtos que você está comprando.
Opte por empresas que são responsáveis na divulgação de informações, se preocupam com seus consumidores e são transparentes em todos os processos - desde a relação com o produtor que fornece a matéria-prima até o atendimento para o cliente final.